sábado, 25 de julho de 2009

As noites de sábado

Existe coisa mais solitária que noite de sábado? Explico-me.
Mais do que em qualquer outro dia da semana, o sábado é o dia em que você socializa, namora, paquera, e isso traz uma certa angústia, que denuncia uma carência muito próxima da solidão. É como se fosse uma quase-obrigação: você mostra quão querido/sedutor/sociável você é pela agitação de sua vida social nesse dia.
Toda vez que optei por ficar em casa no sábado (o que é raro, é verdade), parecia que eu estava fazendo algo ilícito, que escondia um segredo. O que não deixava de me dar uma sensação de independência e liberdade: é como se eu estivesse mostrando pra mim mesmo que estar só comigo mesmo numa noite de sábado não me incomoda, o que supostamente diz muito sobre minha excelente auto-estima. Que não sou só como os desesperados das madrugadas, nas boates, butecos e undergrounds, que se embebedam, criam coragem para tudo e geralmente fazem alguma merda. E ainda voltam sozinhos pra casa (essa imagem, maravilhosamente descrita em uma música dos She wants Revenge chamada "It's just begun", muito me incomoda).
Creio que é preciso haver uma imunidade contra a ansiedade/solidão das noites de sábado. Creio que ficar em casa no fim de semana não aguça a carência de ninguém. Isso! Creio nisso!

Agora vou tomar banho, porque preciso sair pra dançar.

Bem-vindo

Este é apenas mais um lugar. Um lugar como outro qualquer. Se há algo especial nele, é apenas o fato de que, quando estou aqui, as dinâmicas sociais se resumem ao que penso, sinto, quero. Não dependo do limite ou do direito alheio, só do meu. Portanto, dentre outros, como minha casa e minha cosciência, este é meu lugar.

Seja bem-vindo!